quarta-feira, 28 de março de 2012

Querido Sr. Coca-Cola,

O limite que define se você é apenas uma pessoa que luta por seus direitos ou uma pessoa chata por natureza é tênue. Hoje, mais uma vez, eu exerci o meu direito como consumidora (lembram do Sr. Mentos e do Sr. Adams?) e dessa vez o alvo foi um pouco maior. Segue abaixo a mensagem enviada pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor da Coca-Cola do Brasil:




"Boa noite!

Acredito que vocês, como empresa grandiosa e multinacional que são, devam receber inúmeras mensagens de remetentes aleatórios muitas vezes preocupados apenas em gastar vossos preciosos tempos. No entanto, eu não costumo me envolver em tarefas que sejam feitas genuinamente para desperdiçar tão valioso recurso.

Sou uma consumidora voraz de Coca-Cola. Acredito que existam consumidores mais vorazes, mas sou bastante fiel ao produto de vocês. Em minha casa são consumidos uma média de três litros de Coca por dia. Numa análise geral, comparando a venda de 3L perto da quantidade de litros que vocês vendem por dia, pode não parecer nada, mas para mim é muito. Fazendo um breve cálculo (tomando como base o valor de uma garrafa de 2L R$3,56), gasto uma média de R$1950,00 por ano apenas comprando Coca-Cola pet para minha residência, sem contar, é claro, com os gastos em lanchonetes e restaurantes. Acho relevante lembrar que a minha paixão/vício é tão grande que já deixei de frequentar estabelecimentos que passaram a vender apenas Pepsi e seus companheiros de marca. Expus todo esse histórico para afirmar que, como boa conhecedora de causa, sei diferenciar muito bem uma Coca-Cola tradicional de uma Coca-Cola Zero (e coloco aqui que simplesmente abomino o sabor adocicado do aspartame da versão sem açúcar do produto de vocês).

Finalmente, a problemática que rege essa mensagem é a seguinte: comprei no mercado Mercadorama, localizado na avenida Victor Ferreira do Amaral em Curitiba-PR, três garrafas de Coca-Cola 'normal' de 2,5L nessa semana. Ao beber da primeira, senti um gosto muito forte de Coca ZERO e o mesmo aconteceu na segunda garrafa e hoje, ao abrir a terceira, mais uma vez senti esse sabor. O problema é que não consigo beber Coca Zero, então, fui obrigada a jogar fora todo o conteúdo das primeiras garrafas e comprar outras garrafas (dessa vez de 1L e 2L, que por sorte não tinham o mesmo sabor). Acho que talvez possa ter havido um erro no processo de embalagem dessas garrafas, que são todas do mesmo lote.

Inscrição impressa nas garrafas:

PR VAL 111612
3084723P130312
PET-PCR

Venho então, por meio desta mensagem, declarar minha insatisfação e saber o que pode ser feito para reverter este problema. Inclusive, não me desfiz do conteúdo da terceira garrafa (que não será bebido), caso achem por bem fazer algum tipo de análise.

Desde já, muito obrigada!"



No momento da postagem, fiz um breve cadastro passando dados pessoais, e-mail, telefones e referências para encontrarem meu Facebook, Twitter e coisas do gênero caso precisem me contactar. Depois não sei como meus contatos entram pra essas listas misteriosas de spam, mas ok. Tendo um retorno, informo vocês. Beijos.


terça-feira, 27 de março de 2012

rinite alérgica me faz bem

Tô com uma dor de cabeça assassina desde quinta-feira, tudo culpa desse tempo seco maldito. Nem dormir abraçada com o meu umidificador tem funcionado, então resolvi pegar um caminho mais direto e fui comprar um antialérgico ali na <3 farmácia <3

Voltei linda e de batom novo:
E nua e exibicionista. E de esmalte novo pra tentar me jogar naquela onda nova da unha com ~brocal~ nas pontinhas:
Então é isso. Um beijo de quem adora ficar doente!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Limite pra quê?


Em geral, as pessoas acreditam que a maneira como nos vestimos acaba sendo um fato determinador do que somos por dentro. Se isso é fato, se nos utilizamos das roupas que temos para demonstrar nosso interior, posso afirmar que eu e a Cris somos personificações do excesso e da falta de noção.

Sabe aquele momento em que você olha pro guarda-roupa e não vê NADA? Quando você tem uma ocasião importante, quando quer parecer inteligente ou sensual e tenta se munir de uma vestimenta adequada e constata que, na verdade, você não tem roupa nenhuma? Nós passamos por isso todos os dias. To-dos os di-as. E todos os dias também, a gente entra numa pseudo crise de casal com uma apontando o dedo pra outra, com olhares tristes, afirmando que uma tem mais roupa que a outra. É isso mesmo. Amizade é isso. Tem gente que sente necessidade de um equilíbrio de poder na relação, outras pessoas precisam de carinho, nós duas precisamos, basicamente, ter a mesma quantidade de roupas. O nível de sanidade alcançou patamares tão insanos que achamos por bem contabilizar nossos guarda-roupas.

A contagem ficou assim:

Saias - Cris: 34 / Lika: 48
Vestidos - Cris: 66 / Lika: 51
Casacos - Cris: 28 / Lika: 38
Calças - Cris: 7 / Lika: 15
Shorts - Cris: 4 / Lika: 14
Blusas e afins - Cris: 47 / Lika: 83
Sapatos e afins - Cris: 51 / Lika: 44



O que era pra ser uma solução para nossa crise se tornou uma vontade poderosa e incontrolável de ir pra um desses bazares de igreja/asilo/creche comprar roupa de baciada pra acalmar os ânimos. E só pra constar, mesmo depois de contar esse QUARTO INTEIRO cheio de roupas, nós ainda temos o disparate de reclamar e choramingar pelos cantos todos os dias no momento decisivo de escolher o look do dia. Sim, nós não temos roupa!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Pudim hummmmmmmmmmmmmm



Almoço de sexta-feira com colegas de trabalho no self service. Almoçamos lá porque tem aquela feijoada pra tapear a sexta-feira e um pudim de leite excelente pra sobremesa (eu me chamo de gorda o dia todo, então comi uma gelatina sabor verde *depressão*).

Terminamos de comer e um colega diz pro outro: "Olha o gordinho, tá todo feliz porque comeu pudim!"
O gordinho não esboça reação e pega um guardanapo para limpar o rosto.
O gordinho olha em volta, como quem procura alguma coisa. A outra colega, muito espirituosa, pergunta: "Tá procurando o que, mais pudim?"

RISOS
Chamou de gordo.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A vizinha gorda.

Além de ser o meu vizinho mais bonito da época, Gustavo também era irmão da minha melhor amiga Gabriela. Tudo se justificava com o passar do tempo: eles eram mais velhos que eu, na casa dos vinte e poucos anos e eu com dezessete. Eram fascinantes as manobras que eles faziam para me colocar dentro das festas curitibanas aonde somente era permitida a entrada de maiores de dezoito anos. Éramos um grupo que se divertia e acabei me envolvendo com Gustavo, um dia ele me olhou e disse que eu era bonita e desde passamos a nos encontrar escondidos e foi um romance louco e explosivo. Era escondido porque nossas mães eram amigas e minha mãe o achava um cara babaca e me mataria se soubesse de algo, a mãe dele não me aprovaria por eu ser pobre, já que ela sonhava com um casamento promissor para o filho (uma vez que nem o segundo grau ele havia terminado).
Mas o escondido ficou público quando fomos pegos juntos, por nossas mães, na frente da minha casa. Foi um bafafá maluco e minha mãe me fez prometer que não ficaria mais com ele. Prometi de dedos cruzados, mas o fiz.

Uma tarde de inverno, ele tocando violão na varanda de sua casa e quando me viu passar, me convidou pra entrar. Entrei, ninguém estava em casa e ficamos naquela situação de mão lá, aqui... A porta da sala se abre e a mãe dele fica chocada com a cena no sofá. Quero deixar bem claro que estávamos vestidos, mas tudo parecia chocar a mãe dele. Depois disso, ela contou até para o padre sobre minha conduta, resultando numa grande confusão. Até que minha amiga Gabriela veio ter uma conversa muito séria comigo. Ela disse em letras garrafais: Amanda, desista! Meu irmão nunca vai namorar você porque você é gorda! GORDA!

Tudo bem que eu realmente era gorda, mas isso não desqualifica você de namorar alguém, de tirar seu direito de se apaixonar, de ser gente e ser respeitada. Eu não precisava namorar o irmão dela e também não precisava de amigos assim ao meu redor, afinal de contas, eu só era a vizinha gorda e o assunto foi arquivado.
Os anos se passaram, eles na casa dos trinta, eu na casa dos vinte. E olha a triste conspiração do destino: Gustavo se casou e depois da gravidez, sua esposa ficou obesa. Gabriela também é mãe e engordou absurdamente. Imagino que ela deva usar 44 e seu manequim 34 ficou somente nas fotografias. Bom, eu tô bonita e sempre que os encontro na rua, sinto que eles acham o mesmo, principalmente Gustavo! Uma pena.


Este texto é mais uma colaboração graciosa pro Thammy! Dessa vez foi a Ariadne que decidiu compartilhar. Se alguém chamou algum de vocês de gordo, se sofreram bullying ou se simplesmente têm alguma história engraçadinha que queiram compartilhar, é só mandar pra gente: tamechamandodegorda@gmail.com

Tá me chamando de gorda comenta: tudo bem que passar do 34 pro 44 é um ganho considerável de massa corpórea, mas continuamos achamos que as 44 são todas umas lindas!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Frankly my dear, I don't give a damn

Gente vamos direto ao ponto porque dignidade é para os fracos.

Durante a terceira transa, eu disse DURANTE, o cara diz:

VÊ SE EMAGRECE PRA MIM QUE EU GOSTO DE MULHER MAGRA!

Pausa dramática.

Oi?

Tudo bem que ontem eu levei um susto quando subi na balança e percebi que estou quatro quilos acima do peso. Tudo bem, seis. Mas deve ser porque nos últimos meses eu tenho sofrido o que podemos chamar de Bullying Cósmico e a boa forma física não tem sido exatamente o item numero um da minha lista de prioridades.

Mas e o par de seios maravilhosos que custaram R$12.000,00 dinheiros??? Isso mesmo minha gente, seis mil cada tá?! Não contam? E todo o resto maravilhoso que sou, também não conta?

Afinal, eu pergunto, como proceder numa situação como essa?

1.Você dá um tapa na cara do sujeito.

2.Você broxa.

3.Compra óculos pra ele;

4.Você fala pra ele te ligar quando você estiver anoréxica.

5.Você pede pra ele engordar e pintar o cabelo porque você não gosta muito de homens
ossudos e loiros.

6.Você diz que emagrece sim, se ele aumentar o tamanho do pênis.

7.Escreve um post bem humorado pro tammy e vai amar o próximo.



Este texto é uma colaboração da querida Lud Castro que também anda se perguntando se o mundo a está chamando de gorda. Se quiser colaborar também, manda e-mail pra gente no tamechamandodegorda@gmail.com.