É difícil ficar sã com todo esse estrogênio circulando por aí. E não só o meu!
Eu sempre tive poucas amigas mulheres, e quando tive, dificilmente foram amizades duradouras.
Não sei o que há com a gente, mas fato é que temos o dom de potencializar pequenas chateações e transformá-las em em verdadeiros dramas, quando não guerras.
Guerras territoriais, guerras de status e guerras de egos.
São guerras de verdade, onde seus amigos mais próximos se tornam soldados no campo de batalha e conhecidos são categorizados como aliados ou amigos do inimigo.
Cada passo que se dá na rua se torna um sofrido movimento, meticulosamente calculado, e não se descansa porque há o constante medo de um ataque perigoso que pode chegar das mais diversas formas possíveis: um email sem pé nem cabeça na caixa de entrada do seu namorado, um comentário debochado nos poucos 140 caracteres do twitter, uma ameaça cheia de ódio na inbox do seu facebook ou um cutucão no seu ombro no meio da cantina da faculdade.
São noites sem sono, interrupções do seu cérebro maluco, raivoso e paranóico no decorrer do dia e um círculo social abalado porque ninguém mais aguenta o papo repetitivo e ter que viver dentro de um disse que disse.
A verdade é que somos todas um bando de tiranas, nos regojizando com o pequeno prazer mórbido de desfilar na rua com o sapato mais alto, o cabelo mais lustroso, o batom mais vemelho ou de mãos dadas com o garoto mais bonito.
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