Considero esse jejum de
sete meses desse blog uma empáfia e, apesar de ter pensado muitas vezes em
escrever, acabei indo comer chocolate, escrever um artigo ou tirar um cochilo.
A ausência faz parte da vida – da minha e, aparentemente, das outras três
autoras desse blog também. Mas o que importa é que ainda acontecem coisas que
fazem com que minha gana por compartilhar minhas ideias fale mais alto e a bola
da vez é habilidade que algumas pessoas têm em expressar seus sentimentos de
modo tal, que quase me fazem parar de acreditar no amor.
Todo mundo já teve
aqueles rolinhos primavera na infância, né. Uma amiga bem querida teve um
rolinho há quase uns dez anos com um rapazinho que resolveu relembrar o
sentimento da sua juventude e escrever para ela declarando seu amor. Romântico,
né? Só que a grande surpresa foi a maneira que o coleguinha escolheu pra
colocar para fora todo o seu amor.
Pombinho apaixonado: “oi
posso te fala uma cuiza ta engasgado aq eu nuca te esquesi eura meio muleke na
epoca mais ate hj situ uma coiza enesplicaviu dentro de mim pode ate acha q so
um bobo mais e cerio mais e cerio vc cempre foi e vai cer especial nao tinha
como me espressar vc sempre tinha outra pessoa me atrapalhando de falar sobre
meu cetimetos por vc q sempre foi muito forte . como esquesse olguem q c ama vc
sabe me dis nao to pedindo pra vc voltar pramim ou me amar so falei q eu nuca
te esquessi”
Vale ressaltar que o coleguinha
é aluno universitário. Agora, sério, como proceder com uma declaração de amor
tão genuína? Não quero agir como uma grammar nazi - apesar de adorar um exercíciozinho de Sintaxe e de estudar para ser professora de Português - mas uma coisinha ou outra são fundamentais: tipo estar no ensino superior e tentar escrever, PELO MENOS, alguma coisa que lembre o som daquilo que você diz. É pedir demais?