terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Síndrome de Regina George

O mundo feminino é uma coisa muito complicada.
É difícil ficar sã com todo esse estrogênio circulando por aí. E não só o meu!

Eu sempre tive poucas amigas mulheres, e quando tive, dificilmente foram amizades duradouras.

Não sei o que há com a gente, mas fato é que temos o dom de potencializar pequenas chateações e transformá-las em em verdadeiros dramas, quando não guerras.

Guerras territoriais, guerras de status e guerras de egos.

São guerras de verdade, onde seus amigos mais próximos se tornam soldados no campo de batalha e conhecidos são categorizados como aliados ou amigos do inimigo.
Cada passo que se dá na rua se torna um sofrido movimento, meticulosamente calculado, e não se descansa porque há o constante medo de um ataque perigoso que pode chegar das mais diversas formas possíveis: um email sem pé nem cabeça na caixa de entrada do seu namorado, um comentário debochado nos poucos 140 caracteres do twitter, uma ameaça cheia de ódio na inbox do seu facebook ou um cutucão no seu ombro no meio da cantina da faculdade.

São noites sem sono, interrupções do seu cérebro maluco, raivoso e paranóico no decorrer do dia e um círculo social abalado porque ninguém mais aguenta o papo repetitivo e ter que viver dentro de um disse que disse.

A verdade é que somos todas um bando de tiranas, nos regojizando com o pequeno prazer mórbido de desfilar na rua com o sapato mais alto, o cabelo mais lustroso, o batom mais vemelho ou de mãos dadas com o garoto mais bonito.


sábado, 18 de fevereiro de 2012

surrealistas, me deixem em paz.

turminha, eu sei que ando sumida do blog. eu me mudei para a linda curitiba, passei no vestibular da federal - me tornando oficialmente a adolescente mais velha do mundo -  e acabei deixando a peteca cair aqui. mas não se preocupem que nesse período tive diversas aventuras que aos poucos vou postando para a alegria geral. por enquanto eu só queria compartilhar a noite passada. 
vim visitar a família em belo horizonte e resolvi ir pro bar da baixaria com a moçada, né? a festa já começou com um climão com o amigo. mas nem deu tempo de curtir as bad vibes, pois já fui logo encontrando um ex peguete (desses bem legais que telefonam bêbados de madrugada falando que ligaram o número errado) que anunciou para todo o bar que eu era a esposa/ mulher da vida dele. óbvio que quando eu não quis consumar o matrimônio ele ficou nervoso e fez uma cena, mas tudo bem. porque nessa altura o mendigo (sim, que mora na rua e tal) já tinha cismado comigo e estava me contando toda a sua história de vida, seu problema com drogas e a temporada na cadeia. enquanto eu tentava me desvencilhar dessa sessão de terapia gratuita, não antes de escutar bastante e dar muitos conselhos (porque tamos aí pra isso mesmo), um menino de 19 anos decide me explicar por que a psicologia é uma cilada e as pessoas não mudam. e olha, no saldo da noite esse foi o meu preferido, que pelo menos ele disse que eu tinha 21 anos, abençoado seja. eu viro as costas para o teen, tem um rapaz obeso mórbido tropeçando de bêbado (problema nenhum com gordinhos, mas o cara tava enrolando a língua e ameaçando cair em cima de mim, vislumbrem). enfim, o jovem variava entre me dizer como meus olhos eram tão brilhantes e explicar que era viciado em álcool e todas as questões envolvidas. saí de perto desse primor somente para arrumar um policial stalker, conhecer caras que me convidaram para fumar crack embaixo do viaduto e finalmente reencontrar o mendigo. 
exausta de tanta emoção, reúno o casal amigo e vamos dividir um taxi. passando pela zona de prostituição das travestis o taxista se anima, mexe com todas as meninas e compartilha que é amiguinho delas, que eles trocam favores e de vez em quando ele dá uma paradinha ali e elas o deixam "conferir a mercadoria". ah, e que quando um homem fica com homem e mulher fica com mulher acontece uma coisa mágica, misteriosa e muito bonita. (gente, sou absolutamente pró amor gay, mas foi um momento SURREAL, vocês não têm noção).
juro, isso foi uma noite. depois, quando eu digo que só quero um pouco de tédio na vida, as pessoas riem de mim. vou ali tomar uma coca cola pra ver se eu recupero as forças, que hoje é carnaval. bons pulos a todos e até a próxima!
 

Que isso, gordinha?


Enough said.